A Fly Modern Ark (FMA), consultora sul-africana especializada em aviação, iniciou um processo judicial contra as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), devido à alegada falta de pagamento pelos serviços prestados durante o processo de reestruturação da companhia aérea nacional, que ocorreu entre 2023 e 2024.

A FMA, contratada pelo Governo de Moçambique para assessorar a LAM na reestruturação de suas operações, afirma que os pagamentos devidos pelo trabalho realizado ainda não foram efetuados, apesar de terem cumprido todas as obrigações contratuais. A consultora afirma que a dívida acumulada comprometeu suas operações e causou danos significativos à sua reputação.

“O contrato celebrado com o Governo de Moçambique e com as LAM estabelecia condições claras de pagamento, mas infelizmente, até o momento, não recebemos os valores acordados. Tentamos resolver a questão de forma amigável, mas, diante da falta de solução, fomos obrigados a recorrer ao sistema judicial”, afirmou um representante da FMA em comunicado oficial.

O processo ocorre em um momento delicado para a LAM, que já enfrenta desafios financeiros e administrativos. A companhia aérea tem sido alvo de críticas devido à sua dificuldade em equilibrar as contas e oferecer um serviço satisfatório ao público.

O Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique e a direção da LAM ainda não se pronunciaram sobre o assunto, mas a expectativa é de que o caso tenha repercussões significativas no futuro da reestruturação da companhia e na relação entre o Governo e os fornecedores estrangeiros.